O Amor
(Vladimir Maiacovski)
"...Ressuscita-me
ainda que mais não seja
porque sou poeta
e ansiava o futuro
Ressuscita-me
lutando contra as misérias do quotidiano
Ressuscita-me por isso
Ressuscita-me
quero acabar de viver o que me cabe
minha vida
para que não mais existam amores servis
..."
30 de março de 2008
Por detrás de todo esse silêncio, a vida moveu-se como nunca.
E foi nova e diferente até onde pode ser, mas tem sempre um ponto que não se ultrapassa e a partir do qual a vida volta a ser aquilo que sempre foi até aqui.
E foi rápido e fulminante.
Estamos em casa novamente.
"Sonho, visão ou poesia
O menino me aparecia
Trazendo sobre seus ombros
Uma estrada
O menino era alegria
E a estrada não lhe pesava
Sonho, lucidez ou fantasia
Eu tinha diante dos olhos e da mente
O caminho da vida.”
Milton Nascimento.
Postado por MARIANA em 8:18 PM 2 comentários
Lima.
Chegar ao nível do mar depois de tantos dias nas alturas não me fez bem, nem um pouco. Que gostei demais das montanhas, do ar rarefeito (cof!) e até da visão desfocada das coisas que as altas altitudes proporcionam.
Em Lima dava pra enxergar melhor as formas e as cores, mesmo com toda a insistente neblina que turvava a vista da praia durante todo o dia. Assim sendo, dava para enxergar também as sobrancelhas crescidas, os cabelos queimados pelo sol, a pele escurecida, seca e descascada e os pêlos todos que cresceram sem serem percebidos até então.
Antes de bater perna pelas ruas, iniciemos a depilação então, ora pois.
O bairro charmoso dos bem-nascidos que acordam com o mar na janela me lembrou o Rio. Já as avenidas largas que percorrem Miraflores, os prédios modernosos e a rica rua dos cassinos remeteram-me à pomposa Avenida Paulista. Mas aí caminhei pelo centro histórico, pelas plazas e pela rua só dos pedestres e antecipei lembranças da própria terrinha...tudo era muito parecido com Curitiba.
Mas tinha calor, o que ficou definitivamente marcado na memória quando ao caminhar pelas ruas à noite, seguindo a música e o movimento de pessoas que se aglomeravam numa praça, encontramos sem saber e sem esperar, uma Peña, festa típica em que as pessoas dançam ao som da música também típica tocada por uma pequena orquestra em plena praça, como um anfiteatro ao ar livre.
Postado por MARIANA em 6:35 PM 1 comentários