
Texto de Mari Sanchez, 2005.
Postado por MARIANA em 11:36 PM 0 comentários
Cusco
*Suspiro longo*
Postado por MARIANA em 2:26 PM 1 comentários
Espetáculo da vida, parte I:
Chuquito, localidade de Puno – Peru.
Chegamos em Chuquito de micro-ônibus junto com os nativos da região, depois de um tour que incluiu um trecho de bicicleta-táxi e outro de moto- táxi. Tudo muito integrativo, digamos.
Devíamos ser os únicos turistas no lugar, já que é uma festa típica da região que acontece no primeiro dia do ano. Cheguei a sentir um certo constrangimento em não estar vestida de saia rodada, xale nas costas e com o chapeuzinho de chola na cabeça.
Na nossa concepção, é um tipo de carnaval, em que várias bandas, cada uma de uma cor, instaladas numa arquibancada ao ar livre, tocam cada uma a sua música, uma do lado da outra, o que resulta numa grande balbúrdia musical. Abaixo, ficam os integrantes de cada 'escola', fantasiados, dançando ciranda e tomando todas. Aliás, todos, sem qualquer distinção de sexo ou idade, bebem todas - outra coisa que me fez associar a festa ao nosso carnaval.
Junto à festa existia uma feira, onde se vendiam os favoritos pollo frito e chorizo, dentre outras comidas típicas.
Ao final, é feita a premiação da melhor banda.
Chances como esta, de conhecer algo que acontece num lugar cuja existência até então era de todo desconhecida e que, por um lance de sorte, estamos presentes no momento em que acontece - o que ocorre uma única vez no ano -, algo tão característico, tão próprio, tão cheio de beleza, são coisas pelas quais a gente se sente alguém realmente privilegiado na vida.
Postado por MARIANA em 12:53 PM 2 comentários
Daí que necessito desta outra pausa, nem pra falar do carnaval, já que estranhamente a pessoa escreve um post sobre o seu ano novo quando estamos de volta do carnaval - que foi bom, muito bom, na medida do possível quando se trata de carnaval, o feriado com o poder sem igual de tornar todos os lugares terríveis – mas para espalhar a boa nova de que a Cris está com o seu blog novamente de portas abertas às pessoas de toda a parte. Talvez ela me odeie por esta publicidade, mas é que a emoçã é incontida.
Perdoa!
"É como quando o seu namorado diz que vai voltar pra ex, entende? Aquela que quase destruiu a vida dele. Que acabou o namoro e ele perdeu 20 quilos e ficou desnutrido, deprimido e descrente do amoRRR. Aí você tava passando ali com a sua carrocinha, né, porque é isso que você faz vida afora, e recolheu o sem-amor. Deu casa, comida, roupa lavada, amor, carinho, compreensão, all that etc bullshit, belo dia ele chega e te diz que a ex quer voltar. Você tinha dado um voto de confiança à humanidade, abriu sua casa, sua conchinha secreta que te protege do mundo, abriu seu coração, abriu sua vida pra pessoa entrar, enfim.
E a pessoa vai embora sem mais.
E você fica na merda."
Por essas e outras que necessito.
\o/
Postado por MARIANA em 10:09 AM 0 comentários
O Ano Novo passamos debaixo de muita chuva e muito frio em Copacabana, na beira do Lago Titicaca. Copacabana tinha rendido muitas expectativas por conta especialmente da Isla del Sol, lugar pelo qual me encantei desde a primeira descrição.
O passeio de um dia pela Ilha possibilita conhecer a parte norte, mais distante, onde estão as paisagens mais lindas, misturando o terreno árido e montanhoso e a água cristalina do lago, as poucas casas bastante rústicas e as mulheres em seus trajes típicos vendendo tecidos e artesanatos pelo caminho.
Postado por MARIANA em 11:04 PM 0 comentários
Por conta dos mais de 3.800 metros de altitude que nos aguardavam em La Paz, metade dos viajantes ficaram baqueados já no aeroporto. Falta de ar, dores de cabeça, sensação de cansaço, para alguns, diarréia e náuseas.
A outra metade permaneceu firme e forte, só sucumbindo à cerveja quente e espumante que era servida nos lugares. Eu mesma senti nada não. Aliás, acabei constatando que nasci mesmo foi pra viver nas alturas que, puxando pela memória, desde criança, sintomas de mal estar físico e ‘baixura’ sempre senti foi na praia, no nível 0.
Nada, entretanto, que uns dias de adaptação, chá e folhas de coca não pudessem resolver. E dá-lhe um e outro. Coisas estas com as quais não me adaptei já que na bem dizer única vez em que tomei o chá botando fé de que ficaria preparadíssima pra subir os 100m que faltavam até o Pico de 5.400m de altitude do Chacaltaya, consegui somente uma taquicardia e precipitações gastro-intestinais. Esta parte eu não precisava contar, é verdade, mas sinto uma necessidade de mim para migo mesma de justificar o fato de não ter chegado aos 5.400m, mas somente aos 5.350.
O Chacaltaya, por sinal, foi uma das maiores atrações de La Paz, passeio espetacular, com direito a no mesmo dia calor & frio em seus extremos, pânico tanto no caminho, dentro da van, da onde não se enxergava o chão da estrada, mas somente o precipício ao lado, quanto na caminhada até o Pico, com os raios e trovões que não cessavam. E a neve que presenteou os tupiniquins tropicalientes em pleno janeiro.
Postado por MARIANA em 3:50 PM 0 comentários