26 de março de 2007

Começamos bem

Sim, apesar do silêncio todo até o momento, estamos aqui animadíssimas com o Festival de Teatro e assistindo, até agora, ao menos uma pecinha por dia. Ou noite, no caso.

O problema é arranjar tempo para contar. Sabe que, principalmente depois de final de semana nesta função tão empolgante que é a saga teatral do ano, a última coisa que se tem vontade de fazer é de trabalhar. Sério mesmo, a vontade é ter todo o tempo livre para assistir a tudo, nos mais diversos horários, mesmo nos dias de semana. Mãs, minha escassa fortuna ainda não me permite. Percebam o otimismo do 'ainda'.

Então, a primeira delas esse ano foi Mais Amores & Canções, no Teatro da Caixa.


A peça mescla cenas de temática afetiva com performances cover de ícones musicais que marcaram as últimas décadas. As histórias narram aventuras e desventuras românticas e mostram como os relacionamentos se desenvolveram a partir da década de 1960 até a atualidade.

O gênero é Comédia Musical. E realmente, mais musical e mais comédia que isso, impossível.

A peça é continuação da "Amores & Canções", montado em 2003 e que recebeu cinco indicações pro Troféu Gralha Azul, ganhando o de diretor revelação.

Não assisti à primeira, mas posso assegurar que a segunda vale à pena. É diversão pura e descompromissada, com excelentes recursos de áudio e mudanças de figurino que desafiam as leis da física. Ficamos deveras intrigadas com a rapidez da coisa toda, levantando a hipótese mui plausível de que o elenco todo era formado por gêmeos, que se revezavam enganando o público. Só pode.

Mãs. A peça é uma montagem que tem como base a evolução musical ao longo das décadas, e a partir daí, são contadas mini-histórias mostrando a evolução cultural de nossa querida sociedade, entre uma performance e outra. Todas em ordem cronológica, indo de Beatles a Cher, passando por Disco, Hair, Thriller e Mague beat. E, paralelamente, indo da submissão da mulher como ‘rainha do lar’, até a revolta feminista com a queima de sutiãs e tudo mais, a revolução sexual com hippies por todos os lados, e a troca de papéis, com toda a insegurança dos homens com a própria masculinidade, sua reafirmação o tempo inteiro e a fixação com seu próprio, por que não dizer, pinto. Entre outras, é claro.

Várias personalidades brasileiras fizeram parte desta evolução toda. Mas te digo que na hora em que Gretchen e Sidney Magal deram as caras, achei que nunca mais iríamos nos recuperar. Peroxita, Merilú e eu mesma, todas nós passaríamos mal, muito mal, por lá mesmo e não teríamos forças para nos levantar e sair. Muitíssimo engraçado, nunca vi.

Uma peça leve e divertida, com perfeita mistura entre os recursos musicais tão nítidos, os efeitos de palco e a ótima atuação dos oito atores em seus diversos figurinos.

Hoje é a última apresentação, às 21:00, no mesmo teatro. Corram lá pra ver.

Ah sim, as fotos, com o devido crédito, são daqui.

E daí tem também o site deles, com direito até a um trailer no Youtube, vejam lá.

Um comentário:

MARIANA disse...

Ééé! Começamos bem mêischmo! Dá uma aligriia né? Quando a cousa começa bem. Pé direito. A peça é realmente animadora, divertidíssima, e muito, muito bem dirigida e encenada pelos atores. Dentre tantas, a sequência da Gretchen pra mim ainda foi a mais mais, mas assim, de estar ao ponto de se passar, porque quando seria o momento da pausa habitual para a respiração, me chega o Sidney!!! Aí realmente não dá.
Muitíssimo recomendada!