27 de março de 2007

“Bom dia pra quem é de bom dia, boa noite pra quem é de boa noite...”


Paralelamente ao Festival, Curitiba foi agraciada com o show do grupo carioca MONOBLOCO, na sexta, dia 23/03, no Espaço Cultural Calamengau.

Eu mesma nunca tinha ouvido Monobloco, mas muito me apeteceu ver Pedro Luís no meio dos outros tantos (e muitos) integrantes, cada um deles devidamente munido de seu instrumento de percussão e, mais ainda, quando li sobre o repertório musical que inclui desde sambas-enredo até Tim Maia, passando por Alceu Valença (adouro) e Jorge Benjor.

E agradeço a todos os santos por não ter ouvido nada antes e ter tido o privilégio de sentir todo o impacto de ouvi-los e vê-los em ação, de uma só vez e ao vivo.

E o impacto, amiguinhos, é grande.

A ponto de fazer uma trabalhadora de sol a sol, depois de uma semana do cão, encarar muitas horas de aglomeração e calor insuportável, pelo muito batuque e animação contagiantes. E não tivesse eu superado o cansaço, o calor e a aglomeração para assisti-los, levaria cá comigo uma frustração enorme pela vida afora.

Porque é tudo realmente imperdível.

Aí, já inteirada do assunto, soube que o grupo surgiu a partir das oficinas de percussão de Pedro Luís e a Parede e formou um bloco de carnaval com 16 a 21 ritmistas que inovaram o carnaval de rua do Rio. Aqui em Curitiba o efeito não foi nem seria menor, ao contrário, já que carecemos desde sempre de um carnaval de rua realmente animador (lembremo-nos de que o evento máximo produzido no carnaval de Curitiba deste ano, por ex., foi a caminhada de zumbis - vide post abaixo).

O show seguiu um ritmo de baile de carnaval fora de época, muito adequado ao calor também fora de época daqui, já que em anos passados bem me recordo de que em fins de março usávamos casacos de lã e cachecóis. Mas nem tudo se pode chamar de carnaval e mesmo aqueles que não gostam da festa são certamente agradados pelas misturas e arranjos feitos pelo grupo para as músicas da Nação Zumbi, Rappa, Dorival Caymmi e muitos outros que não são do gênero samba propriamente, ou somente da bateria do bloco que é, por si só, um acontecimento.

Pra usar de um dos refrões deles: M-O-N-O-B-L-O-C-O, que beleza, uh, monobloco!

5 comentários:

CAROLINA disse...

Ave!! Eu sou prova do cansaço todo de Merilu - praticamente uma zombie ela mesma - e de sua perseverança no objetivo de ver o show, invejável, eu diria.

Eu mesma sucumbi covardemente e, como já sabia de antemão, no sábado arrependi-me. Mas sem condições, até porque não deve haver um momento sequer em que o agito total não impere absoluto nesse super show.

Ai ai. Pior que se eles voltarem, decerto vão numa dessas casas de show nada a ver com nada pro evento, mãs. Tuuuudo bem.

Uh Monobloco! Pra vc também.

MARIANA disse...

Kerol, apesar de parecer, já que tenho insistido tanto nessa coisa de imperdível e tudo o mais, a intenção não é a de dar indiretas à sua pessoa, visse? hahahahaha! Até porque já falei o bastante (em diretas mesmo) da 'gáfia' da sua ausência.

Mas compreendo que assim como há eventos imperdíveis, há momentos de cansaço insuperável tbém.

Contudo, em sendo superável, por alguns minutos que seja, a pessoa deve apenas se deixar levar, ou melhor, se deixar ir, que, uma vez no show, o corpo passa a obedecer a outros comandos.

Poxa, ...é que é reamente imperdível...

Anônimo disse...

O mais engraçado do show foi reparar que um dos vocalistas da banda era a cara daquele Serguei, o Caubi Peixoto do Rock Nacional, aquele que até jurado do programa que o Sérginho Malandro tinha na Globo nos idos de 1989/1990. Era só por um bigode com cavanhaque no Serguei que ficava identico ao cara do Monobloco. hahahahhahahah

MARIANA disse...

O bom de ser dona de alguma coisa é poder escolher entre ser democrática ou mandar tudo às favas. Neste exato momento, por ex., cá tenho uma vontade louca, (mas louca mesmo) de utilizar aquela lixeirinha logo abaixo dos comentários, sabem qual? Aquela que te possibilita excluir as infâmias do universo bloguístico para todo o sempre. Mais precisamente aquela lixeirinha logo abaixo do comentário desta pessoa denominada "rafaé".

Mãs, porém, contudo, não farei isso, porque a gente deve perdoar e, sobretudo, ignorar a dor de cotovelo que assola alguns seres humanos diante de figuras deslumbrantes e de charme e beleza invejáveis. É humano, afinal.

Anônimo disse...

Mari, tenho que me redimir com vc. Tá certo que o cara do Monobloco é a cara do Serguei, mas nem por isso o show foi ruim. Muito pelo contrário. Que que foi aquela hora em que a batera desceu na meiuca com a galera...
Enfim, como já dizia o poeta, "valeu a pena".