29 de janeiro de 2008

Comecemos por partes...

Na tentativa de não esquecer de nenhum dos causos, de nenhuma das impressões e, principalmente, de nenhuma das pessoas que cruzaram o nosso caminho na viagem.

Mãs, tenhais paciência com esta que vos fala, que a pressa sempre foi inimiga da perfeição. Neste caso, a pressa significaria a morte matada dos fatos mais pitorescos e das sensações ainda a depurar.

Entonces, vamos lá:

De como é linda Corumbá,

onde chegamos depois de viajar a noite toda no melhor ônibus de todos os tempos, cheio de funcionalidades, com um espaço gigantesco entre as poltronas, que já eram mais largas que o normal, encosto para as pernas e, naturalmente, ar condicionado. Tudo isso me causando efusiva alegria.

Passávamos, sem saber, pelo primeiro extremo climático da viagem, que começou na sala vip da viação Andorinha, onde esperamos o ônibus por horas, assistindo ao especial do Rei na TV, abafados num calor que o mais potente ar condicionado não venceria, e terminou em tempo recorde, dando vez logo em seguida ao extremo climático inverso.

E a cidade que era para ser somente nuvem passageira e onde as circunstâncias felizmente nos obrigaram a ficar além do planejado, acabou sendo a primeira e grande boa surpresa, com os seus sobrados antigos de muros baixos, portas estreitas e mosaicos nas janelas, as árvores da rua cheias das luzes de Natal, o calor inacreditável, o nosso albergue chiquérrimo com piscina de água naturalmente morna.

Do passeio de chalana pelo Rio Paraguai, que nos proporcionou as primeiras fotos/cartão postal da viagem, o primeiro jacaré visto de perto e os bichos todos do Pantanal.



Da peixaria do Lulu e do primeiro peixe de rio; do Ney, taxista paranaense que salvou a viagem da Sio; das primeiras amizades; do primeiro desacerto.

O contraste estampado já na porta de entrada para os ‘bovilianos’ e a primeira sensação de que como o Brasil não há.

E eu que não tenho grandes simpatias por lugares quentes, me rendi ao calor de 40º à sombra e à luz do dia que faz os olhos doerem, e nem liguei pra o que não deu certo porque na verdade estava começando do modo mais acertado.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ai, que lindo!

Gostei muito deste detalhe do fim: "nem liguei pra o que não deu certo porque na verdade estava começando do modo mais acertado." muito lindo! Aguardo pelos próximos posts!

beijos

CAROLINA disse...

Uia, que coisa mais linda.

Te contar Mary, que dá essa vontade douda de esperar pelos próximos capítulos e mais ainda de sair pelo mundo afora sem olhar pra trás nessa vida bandida.

Lindo tudo, as fuetos e a narrativa. Te contar, visse.