21 de setembro de 2007


Maluco beleza


Com tubos de PVC colados ao corpo com fita adesiva, um relógio digital, fios de eletricidade, usando uma peruca loira e óculos de sol e vestindo uma jaqueta feminina, o jardineiro Antônio Marcos dos Santos, 22 anos, ameaçou causar uma explosão. Ele invadiu a casa de uma de suas clientes, na Rua Manoel Bonifácio, Costeira, em Paranaguá, às 6h45 de ontem, e assustou a mulher, de 55 anos.
Marcos limpou o quintal da mulher esta semana e foi pago pelo serviço. Para tentar conseguir mais dinheiro, ele se fantasiou de mulher e foi procurar a cliente. Ao ser atendido, abriu a jaqueta e mostrou a “bomba”, exigindo dinheiro. Sem imaginar que era seu jardineiro, a mulher passou mal. Mesmo assim, conseguiu telefonar para a Polícia Militar.
O capitão Marcelo Figueiredo, do 9.º Batalhão da PM, disse que quando os policiais chegaram, cercaram o rapaz e apontaram armas. Assustado, Marcos urinou na calça, ergueu os braços e avisou que a bomba não era verdadeira. Foi lavrado termo circunstanciado por ameaça e Marcos foi liberado.

No interior do Zaire é assim, tem até homem bomba...

19 de setembro de 2007


Show da Madeleine amada em Sumpaulo ontem.

Te contar.

E ela veio pra cá, em 2005, quando eu não fazia idéia do desbunde e já tinha gastado todo o meu dinheiro pra ver Eddie na Pedreira.

Seria muito sonhar com o dia em que poderemos desmarcar compromissos profissionais, gritar em alto e bom som “as audiências que se explodam”, pegar um avião numa terça-feira, ir pra Sumpaulo assistir Madeleine e voltar no mesmo dia, sem que isso signifique ainda um rombo nos orçamentos financeiros dos próximos meses?

13 de setembro de 2007

Coisas de papai



Ele faz dessas e até esquece, deve ter ficado uns dias ali, e eu só vi hoje de manhã.

Isso que ele é um homem ocupado, vejam.

Mas o causo é que a gente foi pegar não lembro o que de uma caixa, e veio junto esse Papai Noel, que na verdade é um enfeite de árvore de Natal. Daí ficou dando bobeira por lá e foi o que bastou para a mente fértil de seu Cosme.

É a genética me dizendo que não, não há salvação.

* Pra quem não enxergar ou não entender os hieróglifos: "Onde estou?! O que aconteceu? Quem acelerou o maldito trenó? ... 'Tá tudo muito estranho... ou... será que eu cheguei muito cedo?".

12 de setembro de 2007

Edward Hooper. "Excursion into Philosophy"

"E estavam em Amsterdã. Abriu os braços. Tão oco. Leve. Poderia sair voando pelo jardim, pela cidade. Só o coração pesando - não era estranho? De onde vinha esse peso? Das lembranças? Pior do que a ausência do amor, a memória do amor."

(Lygia Fagundes Telles, em "Lua Crescente em Amsterdã")

8 de setembro de 2007

Razões & Balanços

Pois dando seqüência à série “Abandono total do blog: a justificativa”, eis que finalmente re-apareço, depois de inacreditáveis e aceleradíssimos três meses e onze dias de sumiço virtual.

A vida, como muito bem disse Merilú, está mais dura do que nunca.

Não só pela correria de sempre com a falta de dinheiro usual, mas principalmente pelo acúmulo de anos da junção desses dois ‘fatores’, que faz a pessoa quase ter um peripaque no auge de seus recém completados vinte e nove anos.

Hora de pensar se vai ser o caso de se passar o resto da vida resolvendo os problemas alheios mesmo. Ou se finalmente vai ser colocado em prática o Plano B, de fugir para a praia e viver de amor & pesca.

Não acredito que chegue a este extremo, mas uma saída alternativa é a solução única que surge, brilhante e piscante, no fim desse túnel praticamente infindo em que nós mesmos nos colocamos. Solução única, bem entendendo, caso se queira chegar saudável aos quarenta. Se isso não for preocupação, o estilo de vida atual pode prosseguir.

Mas, no meu caso, é.

E todas essas reflexões são feitas, somadas à crise da qual inocentemente achei que estava alheia – a da chegada dos inta –, sem que a pessoa tome a decisão de uma mudança radical, porque algo por demais tradicionalista e extremamente careta ainda a prende em seguir a profissão para a qual foi preparada por cinco anos de faculdade, e seis outros de experiência prática.

E não que eu não goste, veja bem, que eu não sou assim tão louca. Há coisas que eu gosto, e muito. Tirando os atendimentos pessoais, os prazos curtos e sucessivos e todo aquele trabalho político de bastidores, eu gosto da coisa toda. Mesmo. Só que tirando tudo isso, sobra uma profissão bem diferente da atual, eis o problema.

Mãs.

Chega da rabugice.

Os vinte e nove me foram muitíssimo generosos e o balanço, no final das contas, é berrantemente positivo. Graças.

Amizades verdadeiras e duradouras. Daquelas que tanta gente passa a vida toda procurando ou tentando se convencer que tem, mas que não sabe nem de longe a felicidade de realmente tê-las. Um alívio, um alento. Ar fresco para se respirar nas turbulências. Né, filhas? E filhos também. Obrigada a vocês então, do fundo do coracebo, por essa coisa toda de a gente se fazer cada vez melhor uns aos outros.

Um amor tranqüilo, sem sabor de fruta mordida, mas daqueles que dão a força que nos falta, que nos faz imaginar como é que passaria por tudo isso sem ele, e agradecer por esta sorte imensa de ter as diarices mais banais acompanhadas de perto por alguém tão afim, sabe como. E de encontrar um companheiro fiel e incansável para se passar por esta existência às vezes tão ingrata. Né, cara de boi?

E a familiagem de ouro, por assim dizer. Criam, alimentam, educam, e depois ainda mantêm as bases e não cansam de receber e entender. O tal do amor incondicional. Acho que também não são todos os que passam por aqui contando com mais esta certeza, esta segurança, não importa como e nem porquê. Então, agradecidas a vocês por primeiro e também, família buscapé.

Duzentos e vinte e cinco assuntos misturados, vinte e nove anos mais confusos e agitados do que nunca, e eis que o balanço positivo surge, pra gente parar de se lamentar por pouco ou quase nada, perto da grandeza das cousas outras.

5 de setembro de 2007

Ouquei. Abandono total do blog.

Mas há razões. Inúmeras.

Jamais trabalhei tanto em toda-minha-vida, e também passo por período de reclusão quase que total, não fossem os festejos comuns por virem, como o casamento da Anna no sábado, e chá de panela na sexta, e níver de Kerol na quinta e níver da Day no sábado e Mi mudando de cidade na próxima semana, tudo ao mesmo tempo e agora.

Aliás, parabéns e mis felicidades para as aniversariantes e para os nouvos!!

Agitadíííssimo será o feriado da pátria. Nos anteriores em que tentei ir para a praia, caíram raios e trovões, agora que o feriado necessariamente será na terrinha, o sol se abre para nós e é possível usar sandália em Curitiba.

A vida é tão irônica...

E estamos em setembro. E mais um pouco veremos anúncios de Natal.

2007 era previsivelmente o ano das agitações e assim se confirmou, que a vida nunca foi tão dura, minha gente.

Vi um filme lindo, ao menos. Há meses atrás, e me ensaiei algumas vezes pra falar dele aqui, mas...

Baseado no livro “O Véu Pintado” de W. Somerset Maugham, no cinema virou “O Despertar de Uma Paixão”, com Edward Norton e Naomi Watts.



O nome não vai pegar nunca, mas o filme é lindo, a história é linda, e é um respiro no meio do tédio cinematográfico dos últimos tempos.

É isso, então.

A idéia é voltar logo na seqüência!