1 de março de 2007

Carnavais

Eis que então, vinte e cinco semanas depois, vamos falar mais um pouco de carnavais.

Governador Celso Ramos, minha gente. Foi pra lá que rumamos nestas festividades tão alegres e contentes, buscando, como sempre, fugir ao máximo das agitações mis que tomam conta de tudo quanto é metro quadrado desta nossa pátria amada por estas épocas.

E até teríamos conseguido com o maior sucesso de todos os tempos, não fosse o fato de a gente não conhecer a praia e nem conhecer ninguém que conhecesse a praia, sendo que "a praia" é formada na verdade por vinte e três praias e, sobretudo, pelo fato de termos que confiar solamente na palavra das pessoas que tentavam alugar suas últimas moradas para turistas como nós, que deixam tudo para absolutamente a última das horas. Eu realmente não sei porque insistem em achar que o que as pessoas procuram em carnaval é o lugar mais movimentado de todos, e encasquetam de achar que este é o melhor para quem pergunta. Mas, só por ainda restarem algumas várias opções em plena quinta-feira antes do carnaval, já era um senhor indício de que as coisas não deviam ser das mais festivas e concorridas.

Digo, o lugar é lindo de morrer, aliás, como sempre acontece neste litoral catarinense, que em cada curva e depois de cada pedra tem uma praia mais linda que a outra.

E também é tranqüilo, no sentido de inexistir carnaval de rua (ufa), bares, boates e afins que funcionassem até mais que uma hora da madrugada, no máximo, e movimentos de carros por todos os lados. Mas ainda assim conseguimos a proeza de nos instalar no super centrinho da praia de Palmas - a escolhida dentre as mil e quinhentas -, em cima de uma lan house e lanchonete, que teve até música ao vivo. Sendo 'música' um único 'músico' e seu teclado multi-sonorizado que passava de Skank pra Brunimarrone pra Rappa e pra, até quem, Mauricio Manieri.

Quase liguei procê Mary, neste momento.

Mas ta, tudo bem mesmo, que a praia compensava.

Só que, nas andanças diurnas na tentativa de conhecer pelo menos umas cinco das vinte e trêêês praias de Celso Ramos, encontramos, aí sim, a praia perfeita para o objetivo fugitivo total: Fazenda da Armação, pessoas. Uma vila de pescadores, com duas ou três pousadinhas (sendo uma delas a coisa mais linda, com estadias de um milhão de dólares), freqüentada pelo mesmo pessoal sempre, sendo a maioria os moradores locais. Ou seja, unicamente para o sossego total.

Até porque o mar, ele, o mar, é uma coisa de louco. Lá fiquei até murchar. Eu, esta criatura tão praiana e nadadora. Então imaginem vocês, pessoas comuns, filhas de Deus.


E tem a Dona Margarida, que mora por lá e tem um bar/lanchonete nas temporadas, cuja lotação maior deve ter sido eu e o digníssimo tomando cerveja ao mesmo tempo.


Diz ela que o areia não é das mais limpas porque tudo o que vem do mar, por lá fica, já que quase ninguém conhece a praia e não tem aquela infra-estrutura louca de manter a coisa atraente para os turistas pagantes. "Porque o mar não quer nada que não seja dele, o que não é dele, ele devolve". E assim os restos de galhos de árvores, folhas, algumas butucas de cigarro e plásticos não identificáveis, ficavam espalhados por alguns lugares da areia branquinha que só. Mas ela que não sabe o que é sujeira, daí acha que falta limpeza. Mas nada, uma coisinha ou outra em lugares quase que imperceptíveis.

E só também, tudo se termina por aqui. Diz que à noite se enxerga a Hercílio Luz lááá do outro lado de lá, e que é tudo muito bonito, mas como o acesso é por estrada de terra, com morros e mais morros, e como só choveu depois desse dia milagroso em que conseguimos aproveitar deveras o feriado encardido, com lamaceira total para qualquer praia e a gente de Ka, tivemos a leve impressão de ser melhor ficar em casinha mesmo à noite. E ficamos. Tomando Nova Skin e engordando.

As outras praias também, todas bonitas, vou te contar. Não entendo isso do litoral de Santa Catarina ser esse espetáculo-maravilha por todos os lados, e o do Paraná, logo ali do ladinho, ser todo cinza de mar e céu. Uma dor de cotovelos sem fim.

3 comentários:

MARIANA disse...

hahahaha! Ai ai, *suspiro longo* Meniiina, eu gosto mesmo dele sabe. Ainda hoje, pra falar bem a verdade. O Mauricinho, tãão lindo, com aquela voz tão grave... fazer o quê, num é mesmo? Mãs, voltando para o Celso, adoouro tuas fotos, Kerol. Já disse isso? As de paisagens então! Seu Celso parece mui interessante, com essa natureza assim tão vasta e ainda pouco descoberta. Santa Catarina é definitivamente um lugar encantado. Fazes bem de conhecer um lugar diferente cada vez. Eu já não resisto muito a voltar aos lugares que mais gostei e assim acabo perdendo de descobrir outros recantos. Mui lindo tudo! Beijocas mil!

Lys disse...

O litoral de Santa Catarina é a coisa mais encantadora - e olha que eu posso dizer, tenho know-how de litoral, já que eu sou do Rio. Demorei 30 e tantinhos anos para pôr meus pés lá, mas agora tenho vontade de voltar a cada verão.

_Maga disse...

Santa Catarina é um estado lindissimo, das serras ao litoral.

O Rio de janeiro já foi assim também. Espero que SC continue sendo SC.

beijso