25 de julho de 2007

Só a yoga salva


A yoga foi decidamente a melhor coisa que inventei nos últimos anos. Aquela frase lá do “viver é reinventar a vida a cada novo dia”, eu tenho levado ao pé da letra, de maneira que minha vida tem se resumido a invenções de toda a ordem.

Fazia tempo que eu não me sentia assim, com essa sensação de primeiro dia do resto de nossas vidas. De acordar para o dia em que as coisas podiam ter sido, mas não foram.

Viver na mornidão tem suas vantagens, mas, em contrapartida, tudo se torna tão mais avassalador quando acontece. E quando não acontece também.

Lendo isto, o Thi lembraria imediatamente da frase bíblica que diz: “Seja quente ou seja frio. Não seja morno que eu te vomito”.

Mas, aí, a gente vai pra yoga, completa uma dúzia de posições e reaprende a respirar usando toda a capacidade respiratória.

É consolador.

2 comentários:

Anônimo disse...

"O próximo instante é feito por mim? ou se faz sozinho? Fazemo-lo juntos com a respiração." p. 9, Clarice Lispector, Água Viva

"Meus dias são um só clímax: vivo à beira." p. 13, Clarice Lispector, Água Viva

Tem coisas que fazem tão bem, que depois que a gente começa pensa: porque não fiz isso antes?

Adorei...

beijos

CAROLINA disse...

Pois sabe que uma acupunturista (?) minha, primeira de todas, sempre falava isso da respiração. Que na verdade a falta ou incorreção dela é a causa da maioria dos males, e a sua correção e exercício são a cura pra quase tudo.

E criticava essa coisa da gente procurar remédio externo pra tudo, quando na verdade a respostas todas estão ali onde sempre estiveram. Ali né, pordedentro. No sentido literal e figurado.

Super legal essa coisa de inventar os dias, Merilú. Hei de seguir o mesmo caminho, muita fé.