7 de fevereiro de 2008

O Ano Novo passamos debaixo de muita chuva e muito frio em Copacabana, na beira do Lago Titicaca.

Copacabana tinha rendido muitas expectativas por conta especialmente da Isla del Sol, lugar pelo qual me encantei desde a primeira descrição.

O passeio de um dia pela Ilha possibilita conhecer a parte norte, mais distante, onde estão as paisagens mais lindas, misturando o terreno árido e montanhoso e a água cristalina do lago, as poucas casas bastante rústicas e as mulheres em seus trajes típicos vendendo tecidos e artesanatos pelo caminho.



Lá conhecemos o Pedro, carioca queridíssimo que viajava sozinho desde a Venezuela, descendo o continente, e seu amigo Uri, um israelense de 71 anos que encarava os passeios com total disposição e jovialidade carregando por toda a parte a sua mochila deveras grande e pesada.

Se, por um lado, foram fascinantes a paisagem, a oportunidade de conhecer o lago mais alto do mundo e de confirmar as informações de ser Copacabana uma cidade povoada de gringos e jovens hippies, cheia de mercearias e lugarezinhos simpáticos, por outro lado, o mau atendimento prestado aos turistas, a precariedade dos serviços nas hospedagens, o horário precoce de fechamento dos restaurantes e bares e a escassez de comida e água (ambas acabavam depois das 22 horas) causaram uma certa decepção, inevitável até mesmo aos viajantes mais simplórios e pouco exigentes.

A esta altura, continuava eu resistindo bem aos sintomas do mal de altitude, mas, em compensação, meu intestino não funcionava, meu rosto descascava em partes e nascia uma íngua no meu pescoço. No entanto, tudo estava muito bem. Nada poderia afetar afinal alguém abençoada pelo espírito inca em ritual praticamente sacro-santo acontecido às margens do Titicaca, com direito a banho de espumante boliviano no momento dA Virada.

A benção incluía um ai-ái-ah ao final da oração, o que imagino eu servia para melhor emanar as energias positivas que hão de vigorar por todo o ano!

Ai-ái-ah para ustedes tambien!!

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