4 de setembro de 2008

Mas sabe que ontem coincidentemente eu assisti aquela belezura de filme, com a mocinha Jennifer esposa (ou seria ex, que eu nunca sei) do mocinho Ben Afleck. Justamente sobre o quê, o quê?? Os TRIIINTA. Muito bem.

Sério, nunca tinha visto e nem imaginava que era, só parei pra ver porque tinha lá uma cena de festinha de porão aos anos oitenta e no fim era o tal do filme dos TRINTA.

Daí apesar da aguice com açúcar toda e do fato de como as pessoas que desejam ser grandes e realizam seus pedidos terem sempre profissões que se adaptam facilmente a qualquer idade da infância querida – ninguém é médico, contador, manobrista –, foi ali o ponto inicial das reflexões todas. Daquela coisa de como a escolha mais simples pode mudar a história da vida da pessoa por completo.

Imagina. Que eu moro aqui de um lado da cidade e acabei indo parar em uma escola láááá do outro lado do mundo para mim, por causa de uma bolsa que mamã recebeu enquanto funcionária pública de outrora. E era uma lista com três escolas, e no fim foi naquela que eu acabei. Mas SE não tivesse sido, repare. Provavelmente nunca que conheceria Merilú, já que foi no fatídico primário que tudo se iniciou. Imagiiiina,. E nem Anna e nem Juju. Daí veja que Juju não conheceria Thiaguito, amigo de faculdade de Merilú, e nem estariam de casório marcado para o final do ano. E nem Anna namoraria André que me apresentaria o amigo Daniel, com quem não estaria eu casada, convivida e amasiada. Isso sem contar que Merilú nunca conheceria nem teria trabalhado com Ferdinanda, que por sua vez foi minha amiga de faculdade, e nem Ferdinanda conheceria Rafael, que foi amigo de faculdade de Merilú. E nem Ferdinanda teria morado com Day, que foi amiga de segundo grau da minha irmã.
Ou não.

Que pode ser que todo mundo se conhecesse de alguma outra maneira né, que Curitiba é um cú mesmo e nunca se sabe.

Mas, ao que tudo indica, todo um universo paralelo se instalaria e o mundo estaria perdido. Que ESTA verdade real tal qual conhecemos é a ordem das coisas e nunca outra. Esta é a melhor de todas, o final feliz dos filmes, o certo.

Isso se eu tivesse ido pra alguma das outras duas escolas lá, em 1984.

Agora imagine se seu Cosme inventa de ficar no Rio de Janeiro e não conhece Dona Edith aqui na terrinha? Por onde não andaria yo. E assim nas respectivas famílias de cada um desses que se cruzaram pela vida. Coisa de louco. Sinal de sandice, acho.

Que eu mesma não sei bem onde isso termina.

Mas ufa que tudo são ‘se’s.

Um comentário:

MARIANA disse...

Ora, ora...

O jogo dos se's...tãão legal.

Só repare, Kerol, que no meio dos encontros todos, formaram-se os pares à minha volta e fiquei eu sozinha!! Mas que coisa, deve haver algum sentido obscuro na ordem real das coisas talequal a conhecemos, né possível!!!

Reivindicarei algumas cositas para a próxima vida que algo me diz que saí no prejuízo.

Mãs tirando esses pequenos detalhes, que alegria a simetria, não? E esta tua consciência feliz dos TRINTA, que também é a minha. Tô curtindo de montes a 'idade das possibilidades'.

Feliz Aniversário, Kerol!