19 de dezembro de 2007

O Teatro Mágico - Entrada para Raros



Tudo muito lindo realmente. Com música, com poesia, com as pessoas declamando junto, com performances teatrais, decoração e figurino circense, pirofagia, malabares e coreografia aérea no tecido vermelho.

Quando eu crescer quero ser bailarina de tecido.

Acabo de constatar que de um jeito ou de outro eu sempre quis ser bailarina, só que as variações menos convencionais do ballet. Na infância era bailarina aquática, que inclusive dava como resposta à perguntinha de sempre do ‘o que quer ser quando crescer’ dos cadernos de confidência. Em segundo lugar, lá na lanterninha, professora daí.

Mas acho que eu sempre quis foi ser bailarina de tecido mesmo. De tecido vermelho. E rodopiar pendurada no teto do Master Hall, bem no meio da platéia.

So beautiful.

Mas, voltando, pude perceber uma certa euforia do público semelhante à que acontecia outrora com Los Hermanos. O que se justifica até, já que há essa profusão de qualidades artísticas acontecendo ao mesmo tempo e agora, tudo muito encantador e cativante. Os arranjos com violinos e instrumentos de sopro, o jogo de palavras nas letras das músicas (o teu afeto me afetou é fato, agora faça me o favor / Ana e o Mar, Mar i Ana - o "i" é por minha conta, naturalmente), os palhaços e as bonecas de trapo, o lema lançado “Os opostos se distraem e os dispostos se atraem” e outras tantas características próprias firmaram sem dúvida o nascimento de uma idéia muito original e ousada. E de muito talento.

Capítulo à parte foi Dayana Kelly, cheia de opiniões, que quase me maaata de vergonha com os seus comentários sobre as figurinhas atípicas (ou bem típicas) que curtiam o show do nosso lado. Primeiro um japa tiete altamente empolgado que dava pulos de 2m, tendo ele mesmo de altura total por volta de meio metro e que falava alto, mas bem mais alto que todos, a parte declamada das canções, ao que Day incitava, batia palmas e dizia: “é isso aee, é muito fácil ser rebelde quando se tem dinheiro!”

A outra figurinha era feia por demais. Pobrezinho, mas bem feinho mesmo e foi a Day se aperceber da presença do rapaz pra dizer que ele era tão feio que ele deveria ir embora.

Tsctsctsc...

Porém, contudo, o cartaz já dizia que a entrada era para raros!

2 comentários:

CAROLINA disse...

Eita nóis, que eu li mesmo que seria essa coisa de espetáculo para olhos e ouvidos e muitas cousas acontecendo ao mesmo tempo agora. E dizia também que era de maravilhar as pessoas.

E eu lá, em casa. Mas tudo bem, que dessa vez nem me arrepender eu posso, que o cansaço era realmente insuperável e o negócio de acordar cedo no outro dia também mataria.

Mãs.

Tudo muito bonito, lúdico e inspirador. A ponto de Merilú teimar em se enrolar em qualquer cortina que veja, treinando para ser bailarina de tecido vermelho.

Hahahaha. Super.

_Maga disse...

Você foi! Você foi!!!!!!

Eu queria tanto ir... aqui em Londrina eles não vieram nenhuma vez...

Dizem que o único porém são justamente os "fãs" que os tratam como uma seita...

Eu sei que quero muito ver um show deles... a música por si só é lindo por demais... ai ai... você foi!

beijos