23 de novembro de 2007

Eu tento.

Pois olhem, eu juro que tento arranjar tempo pra escrever e contar as novidades todas. Da viagem pra Foz, no casamento do ano, dos malamados da receita que engoliram meu rico denhenhinho em impostos na aduana pela tabela abessúrda deles mesmos e das beleuzas todas da flora e da fauna local.

E de como a vida ainda anda mais corrida do que nunca e sem previsão para melhoras.

E de como as festas de final de ano se aproximam.

E essas coisas.

Mãs.

Só o que consigo pensar no momento é que nem mesmo os finais de semana estão salvos na vida da pessoa, nunca mais.

Que não contentes em não ter mais férias forenses, e de todos os prazos e audiências continuarem acontecendo sem cessar por todos os dias do ano – a exceção de míseros recessos que jamais são suficientes para colocar a casa em ordem (sendo a casa, no caso, o escritório e suas pilhas de processo que se acumulam uns sobre os outros) – e, tudo mais que agora me perdi e não sei mais o resto do raciocínio.

Mas, não contentes, esses pulhas resolveram marcar audiências nos sábados. Nos sábados. No dia sagrado de descanso e de dormir um pouco que seja até mais tarde. Mas nãããão. Não há descanso. Nunca nunquinha. Que isso é para os fracos.

Porque agora as audiências são nos sábados. Sendo que eu mesma tenho uma amanhã às nove da matina na parte da região metropolitana que menos me apetece e mais far far away da civilização, sem placas, sem direção e com o fórum recém tendo se mudado. Sendo que, por conta disso e da minha total ausência de noção de tempo e espaço, terei eu que sair de casa umas seisemeia para dar conta da coisa. No sábado, repita-se.

E, não bastasse, tenho outra, de outro assunto totalmente diferente, na capitar mesmo, que o mocinho cartorário vem me intimar por telefone, coisa que adouro. Sendo sarcástica, é claro, que neste momento as distinções são mais difíceis, que eu sei.

Daí o mocinho cartorário falou que tinha sido adiantada a audiência, que estava marcada lá por abril do ano que vem, e que como ia me intimar por telefone, ele ia ler o despacho na íntegra.

Começou com o “blábláblá blábláblá blábláblá a conciliação fica designada para o dia tal de tal às novemeia”. Daí ainda deu aquela pausa sarcástica, o fiodamãe, e continuou: “ciente as partes de que esta data é um sábado”. E o silêncio premeditado para a reação do outro lado, no caso, moi.

A diversão né. A diversão dos mocinhos cartorários em ligar pros adevogados e dar as boas novas. Vingança do pipoqueiro, como diria minha mãe.

E eu aqui, oficialmente com menos tempo do que nunca.

Mas em breve, com muita fé, mais notícias. Com mais fé ainda, boas. Prometo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não! Vou conter-me de qualquer comentário, até mesmo por respeito a ti, oh Caroleta!
To te dizendo, Carol. Chega disso!! Bora abrir o nosso bar que, pelo menos, aos sábados é de total normalidade estar em pleno funcionamento...assim não dá...assim não pode...

MARIANA disse...

Káro do céu, me arrepiei com essa. Pelo Senhor Jesus que isso não pode ser verdade.

Juro, sonhei com isso no dia que li teu post, totalmente chocada que fiquei com o inacreditável de tudo isso, e pensando em como estamos à mercê, Kerol!!!!

Não, sério, chega a me dar um gelo no estômago isso. Novembro negro esse.

Tá loco!

Ui!